segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sufoco a 10.000 metros

Imagina a situação: durante um voo, cerca de 30 minutos após a decolagem, o avião já atingindo a altitude de cruzeiro, um passageiro passa mal.
A aeromoça, desesperada, procura por algum médico a bordo.
Silêncio no avião.
A impotente aeromoça volta ao assento 3B e começa a abanar o homem sem cor e suando muito. As pessoas se olham, procuram curiosas e torcem para que algum médico se apresente.
Nada. Não havia nenhum médico a bordo.
Súbito, um voluntário se apresenta para ajudar. Não sei bem o que ele era, mas ouvi bem quando disse que não era médico.
Apreensão e suspense.
O avião deve retornar ao aeroporto de origem?
De repente levam o homem ao banheiro. Por lá ele fica bastante tempo, sempre acompanhado do "voluntário". Algum tempo depois ele aparece na porta do banheiro, com o rosto molhado, aparenta um ar de melhora, mas ainda há muita apreensão.
Não deu pra ver direito, mas parece que lhe deram algum alimento.
O banheiro próximo à cabine é interditado para os demais passageiros. Nem mesmo o comandante pode usá-lo.
O cidadão, passando mal teve que desfilar pelo corredor do avião até o toillete da parte traseira.
Os passageiros das poltronas 3A e 3C foram deslocados. Nos lugares foi improvisada uma cama onde o homem foi colocado e por lá permaneceu até a chegada da aeronave ao aeroporto.


Depois que as portas se abriram não sei o que aconteceu. Não pude ver como ele foi retirado nem o seu estado de saúde.


Pois é, tudo isso aconteceu no voo 1605 da Gol que saiu de Salvador para o Rio de Janeiro às 09h30min da manhã de 07 de setembro de 2009.

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