Foto: Reprodução/ TV Bahia
Apenas para refletir: Uma coisa é ser telhado de vidro, a outra é ser pedra de estilingue.
Passeando pela história recente
dos movimentos ocorridos na Bahia chegamos, menos de 11 anos atrás, num
episódio semelhante, porém de magnitude menos estúpida e inconsequente,
quando o governo do estado estava nas mãos de outro partido, do qual o
atual era oposição (Não é mais porque aquele acabou).
Na
ocasião, quando o atual governador era deputado e, de acordo com o
líder do movimento de agora, literalmente patrocinou aquela greve, pois,
conforme relato publicado ontem, houve de fato ajuda financeira, o
ex-Presidente Lula da Silva, bem ao seu estilo populista, mas quase
sempre inconsequente, largou a seguinte pérola: “A Policia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as
categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais
só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também um salário
essencial. Se considero uma atividade essencial mas pago um salário
micho, esse cidadão tem o direito de fazer greve”.
Partidos
e políticas à parte, já que meu objetivo é o comportamento, acompanhei
durante todo o dia de ontem, diversos depoimentos, entrevistas e
comentários sobre os amotinados e as Forças de Segurança.
Nesse ponto, chamou-me a atenção a palavra do Capitão Tadeu, pseudo negociador, e pra variar político, quando num belo discurso na rádio Metrópole, que soou um tanto quanto tendencioso e demagogo, criticou as Forças de Segurança quanto ao uso de "violência desnecessária" e blá, blá, blá...
Gostaria
de ter tido a oportunidade naquele momento de perguntar ao nobre
deputado: Não seria também um ato de violência ocupar a casa do povo, no
caso a Assembléia Legislativa do estado? E quanto a tomar
de assalto ônibus cheios de passageiros e fazer as pessoas irem andando
para casa depois de um dia de trabalho? E incendiar transportes
coletivos, inclusive escolares, causando medo, pânico e sofrimento às
pessoas? Também não seria uma violência, sequestrar agentes públicos em
suas viaturas de trabalho? Com todo o respeito, o que o nobre defensor
dos direitos humanos tem a dizer a respeito de tudo isso e sobre impedir
o livre direito constitucional de ir e vir dos cidadãos de bem?
Tudo isso sem falar na quebra da hierarquia e da disciplina na organização.
É
preciso pensar e agir com imparcialidade, sobriedade e acima de tudo
respeito para com a sociedade, que não é formada por idiotas sem
discernimento ou compreensão. Todos sabem, muito bem, separar o joio do
trigo. Sem oportunismos, sem hipocrisia e sem politicagens. O povo não é
idiota, embora às vezes pareça tolo.
Com
toda a vênia do nobre deputado, a quem costumo ouvir na rádio
metrópole, ao respeito dos direitos dos grevistas e os motivos que
porventura possam ter para realizar o movimento, nada justifica a
baderna, a desordem, o vandalismo, o pânico e o caos instaurado no
estado, sob quaisquer justificativas.
Um
erro não justifica "outros", muito maiores e nocivos, por atingirem
diretamente a sociedade inocente e indefesa, que não fez nada para
merecer isso, muito pelo contrário, afinal pagamos altos impostos para
termos segurança, o que, aliás, já é precária mesmo sem haver greves.
Portanto, finalmente fez-me rir, o Sr. Capitão Tadeu, ao dizer na tal entrevista à rádio do Mário Kertesz, que os vândalos já haviam pedido "desculpas" à população. E pronto! Isso basta não é?
Afinal, a violência fica só de um lado, exatamente da parte de quem veio proteger a população e o estado.
Será que na ótica do deputado, se a Força Nacional de Segurança também pedisse desculpas ficaria tudo bem?
Isso basta, ou será que a violência de um pode ser desculpada e a do outro não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário