Era pra ser apenas mais uma viagem a trabalho. Na verdade, era o retorno de uma viagem a trabalho. Check-in tranqüilo. Lembrancinha no aeroporto, pra enfeitar a estante de casa. Embarque sossegado, sem precisar retornar no portal detector de metais e, o mais importante, voo no horário. Aliás, antes do horário. Tudo perfeito demais, não é?
Mas, como nem tudo pode ser tão bom que não possa melhorar, ou vice-versa, tinha que entrar a lei de murfhy na parada.
A Lei de Murphy, para quem não sabe, é um ditado popular da cultura ocidental que afirma que "se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará". "Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas maneiras resultar em catástrofe ou em conseqüências indesejáveis, certamente será a maneira escolhida por alguém para executá-la". (Wikipédia)
Pois é, seguindo a jornada, vou pra a aeronave, uma dessas que o embarque é exclusivo pela porta traseira e só tem dezessete fileiras de duas poltronas de cada lado do corredor (Não quero citar a empresa aérea, os mais curiosos certamente descobrirão). Embarco e logo encontro o meu assento, tava logo ali na entrada da aeronave (eu já conhecia a aeronave por isso escolhi uma poltrona lá no fundão (tinha pressa pra desembarcar).
Pessoas embarcadas, sacolas e malas guardadas, embarque encerrado. Todos devidamente sentados. Tudo na mais perfeita ordem e, incrivelmente tudo antes do horário previsto. Mas, e onde entra a Lei de Murphy nisso?
Pois é, de repente a aeromoça passa bufando por mim, ali na penúltima fileira, em direção ao fundo da aeronave onde se encontrava a outra aeromoça e um funcionário “de terra” da empresa e o diálogo que segue (em voz alta) é mais ou menos assim:
- Ocês faz as merda docês lá fora e eu tenho que ouvir as merda dos passageiro aqui dentro! (É isso mesmo, sem correção ortográfica) - O home ta lá dizendo que vai botar na Folha (não sei dizer qual a folha, de São Paulo, do Comércio, Dirigida, Corrida... deve ser uma dessas)
E continuou:
- Ah!! Ocês botaro criança na saída de emergência, eu fui falar e o home tá lá reclamando, falou que vai processar a bosta da... (empresa).
O rapaz de terra, afirma que eles não tinham colocado crianças na saída de emergência
A outra aeromoça então pergunta:
- Você conferiu o bilhete pra ver se ele está na poltrona certa?
- Não. Eu falei com ele, mas nem pedi mesmo o bilhete pra ver. Vou olhar lá – disse ela voltando pra frente da aeronave.
Pouco depois ela retorna, e com um ar de sorriso amarelo nos lábios comenta.
- É, ele tava na poltrona errada...
O passageiro da fileira ao lado me olhou, abanou a cabeça e pra nossa felicidade, o rapaz de terra desceu, a porta do avião foi fechada e finalmente decolamos em paz e segurança.
Um comentário:
É verdade, até parece mesmo uma estória...mas isso acontece com frequência e nas mais variadas situações, é a falta de atenção. Antes de qualquer coisa é preciso averiguar a situação, e deixar para falar a "merda" depois...rsrs
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